quarta-feira, 11 de maio de 2011

Um paraíso na costa do Mar Negro

Gagra é uma cidade da Geórgia, da região de Abecásia, na costa nordeste do Mar Negro, edificada no sopé dos montes do Cáucaso. O seu clima subtropical tornou Gagra um popular refúgio no tempo da URSS.
Desde a Guerra de Abecásia, no anos noventa, a população dimunuiu significativamente. Em 1989 tinha uma população de 26.636 habitantes, mas reduziu este número a expulsão massiva da etnia georgiana de Abecásia. No entanto, a cidade é muito frequentada por turistas, maioritariamente, russos.
 


História

A cidade foi estabelecida como uma colónia grega e nome Triglite, cujos habitantes eram gregos e cólquidos. Esteve sob a protecção do reino de Pontus no século I a.C., antes de ser tomada pelo Império Romano, que a nomeou Nitika. A sua posição geográfica levou os romanos a fortificar a cidade, que, continuamente, era atacada pelos Godos invasores.

Depois da Queda de Roma, o império sucessor, o Império Bizantino, tomou o controlo da cidade. Junto com o restante território da Abecásia, Gagra foi incorporada ao reino georgiano de Imereti em meados do século IX. Os mercadores genoveses e venezianos que tomavam de assalto, com o seu comércio, todo o sul europeu, estabeleceram um vasto intercâmbio cultural e comercial com a população de Gagra, e atrairam novos comerciantes, tornando a cidade um centro comercial. Intercambiavam madeira, mel, cera e escravos.
Pela primeira vez, num mapa do ano 1308 da autoria de Pietro Visconti, aparece o nome «Gagra». O mapa encontra-se agora na Livraria de São Marcos , em Veneza.






Graga no Império russo 


No século XVI, O Império Otomano conquistou o território da Abecásia, que incluía Gagra. Os mercadores de oeste, incluindo os genoveses e os venezianos, foram expulsos da cidade, que entrou numa prolongada crise comercial e finaceira, com grande parte da poupulação escapando-se para a montanhas. No século XVIII a cidade havia sido reduzida a pouco mais que uma vila rodeada por bosques e terrenos pantanosos. Quando o Império Russo se expandiu até à região, no século XIX, a sua força económica foi recuperada, juntamente com as fortunas de alguns cidadãos. Os pântanos foram drenados e a povoação reconstruida ao redor de um novo hospital militar. A sua população, todavia, continuava reduzida: no ano de 1866, um censo revelou que na cidade viviam 336 homens e 280 mulheres, maioritariamente de famílias locais e/ou oficiais do exército.
Durante as Guerras Russo-Turcas, as tropas turcas invadiram o povoado e destruíram-no e expulsaram a sua população. A Rússia acabou por vencer a guerra e reconstruiu a cidade.

Depois da guerra, a cidade foi «descoberta» por Pedro de Oldenburg, um membro da realeza russa. O príncipe viu na cidade um grande potencial turístico, com um clima subtropical. Decidiu então construir um resort de luxo para receber a alta-sociedade ter onde passar os tempos de veraneio. Com uma grande soma proviniente do Governo, construiu-se um extenso palácio para o príncipe e um grande número de edifícios nos mais variados estilos europeus. Instalou-se ali um grande jardim com espécies tropicais. A cidade tornou-se um ponto turístico de referência.

Um comentário:

  1. foda esse palacio
    imagina morar numa porra dessa

    muito maneiro seu blog
    vlw

    ResponderExcluir